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AULA3 - JESUS

Bons Estudos

Expositor Arnaldo

Material Complementar

Conteúdo da Aula

Quem é Jesus?
- Um dos filhos de Deus?
- Um entre os Cristos do Universo.
E vós quem dizeis que eu sou?
Tomando a palavra, Simão Pedro, falou:
- “Tu és o Cristo, filho de Deus vivo”.(Mateus 15,15-16)

A história da vida de Jesus Cristo encontra-se em toda Bíblia.
- Velho Testamento → Jesus em profecia
- Novo Testamento → Jesus histórico
Entre o Velho Testamento e o Novo Testamento → 400 anos de silêncio.
No tempo de Jesus a Judéia estava sob o domínio romano e o mundo experimentava a influência do helenismo (conjunto de ideias e costumes da Grécia antiga).
Durante os quatro séculos de silêncio, surgiram entre os judeus diferentes seitas político-religiosas.
Deus preparou o cenário para a vinda de seu filho.

1- Seitas político-religiosas na época de Cristo:
a) Os Escribas: Examinavam as questões mais difíceis e delicadas da Lei; acrescentavam à Lei Mosaica decisões sobre vários tipos e faziam isto em detrimento da religião.
De acordo com Jesus: Respeito à Lei. Entrega à obediência a Deus.
Em desacordo com Jesus: Rechaçavam a autoridade de Jesus para interpretar a Lei.
Desprezavam a Jesus como Messias porque não obedecia todas suas tradições.
b) Os Fariseus: Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos rituais; tinham esperança de que os mortos seriam novamente chamados à vida e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais.
Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram por outro lado, duramente repreendidos por Ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas e aparências de piedade a fim de ganhar popularidade.

De acordo com Jesus: Respeito pela Lei, crença na ressurreição dos mortos, comprometidos a obedecer a vontade de Deus.
Em desacordo com Jesus: Rechaçavam a afirmação de Jesus de que era o Messias porque não seguia todas suas tradições e se reunia com gente de notória má conduta.
c) Os Saduceus: Negavam que a lei oral fosse revelação de Deus aos Israelitas, e que criam que somente a lei escrita era obrigatória para a nação como autoridade divina.
De acordo com Jesus: Grande respeito pelos cinco livros de Moisés, assim como também pela santidade do templo.

Em desacordo com Jesus: Negavam a ressurreição do corpo. Pensavam que o templo também podia usar-se como lugar para efetuar transações comerciais (Mat. 3:7; Mat. 16:11-12, Mar 12:18).
d) Os Zelotes: Responsáveis pela destruição de Jerusalém. Desde a época dos Macabeus, havia entre os judeus uma classe de homens chamados “Zelotes”, que era fanaticamente apegada à Lei Mosaica a ponto de recorrer à violência por outros; mais tarde, no entanto a comunidade judaica passou a usar seu santo zelo como pretexto para os mais terríveis crimes.
Grupo de patriotas violentos dedicados a determinar o fim do governo de Roma em Israel. (Luc 6:15).
De acordo com Jesus: Preocupação pelo futuro político de Israel. Crença no Messias, mas sem reconhecer em Jesus o enviado de Deus.

Em desacordo com Jesus: Acreditavam que o Messias seria um líder político que liberaria Israel da ocupação romana.
e) Os Essênios: Guardaram os manuscritos do Mar Morto.
Grupo monástico de judeus de prática ritual e pureza cerimoniosa, assim como também de “santidade” pessoal.
De acordo com Jesus: Enfatizavam a justiça, a honestidade e o compromisso.
Em desacordo com Jesus: Acreditavam que os rituais cerimoniosos os faziam justos.

2- Instituições Judaicas na época de Jesus:
- O Templo: Situado no Monte Moriá.
- As Sinagogas: Reuniam-se aos sábados; dirigidas por anciãos (Luc 7.3). Funcionavam com um pequeno Tribunal.
- O Sinédrio: Corte suprema de justiça; Tribunal Civil e Religioso. Compunha-se de 70 membros e seu presidente era o Sumo-Sacerdote.

3- Outros Aspectos da Época de Cristo:
- Publicanos: Eram os coletores de impostos e eram odiados pelos judeus.
- Samaritanos: Era um povo misto originário das pessoas que ficaram na Palestina durante o cativeiro e era, também, odiado pelos judeus.
- Romanos: Era o povo que dominava os judeus e quase a totalidade do mundo. Eram liderados pelos grandes imperadores chamados de Césares.
- Nacionalismo: O judeu era o povo mais nacionalista do mundo. Não se comunicavam com os gentios.

4- Jesus / Messias:
- Aguardado com grande emoção pelo povo judeu.
- Esperava-se um profeta igual a Moisés → Messias guerreiro, invencível, que varresse da velha Palestina os invasores romanos e restabelecesse a hegemonia do povo de Israel.
- Os judeus acreditavam que Ele assolaria todos os povos vizinhos, dilatando assim os acanhados limites do território judaico.
- Surgiu desprovido da espada de Davi, e estabelecendo preceitos nada parecidos com aqueles implantados por Moisés.
- Jesus Cristo se defrontou com a oposição por parte dos Sacerdotes, dos Escribas, dos Fariseus, dos Saduceus e de uma camada da população que não aceitava o tão esperado Messias como filho de um humilde carpinteiro, e falando sobre paz, mansuetude, tolerância e amor.
- Entre os judeus a ideia do “Messias Salvador”” surge entre os séculos IV e III a.C. pela literatura profética. É o ungido, o enviado de Iavé com a missão de instaurar o reino de Deus no mundo. (Curti, 1980, p.35).

5- Nascimento de Jesus:
Nasceu em Belém e morreu no ano 30 de nossa era. O mês e o ano do nascimento de Jesus Cristo são incertos. A era vulgar, chamada de Cristo, foi fixada no século VI por Frei Dionísio, que atribui o Natal ao ano de 654 da fundação de Roma.
O texto evangélico corresponde ao seu nascimento é: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, prometida por esposa a José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo”. Mas José, seu esposo, sendo justo, e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente.
Enquanto ponderava nestas coisas, apareceu em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.
Ela dará à luz a um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.

6- Infância de Jesus:
A história de Jesus, como se processou sua vida, é muito difícil de se reconstituir hoje, porque os
Evangelhos são praticamente a única fonte existente a fornecê-la, e eles descrevem muito mais o que Jesus vem a significar, após a sua morte para a Igreja, do que os fatos tal como aconteceram.
O Evangelho nos diz que para fugir à matança das crianças, a Sagrada Família julgou conveniente fugir para o Egito. Depois da morte de Herodes regressou do Exílio e estabeleceu-se pelo exemplo, como operário na oficina de José, a dignidade do trabalho, no qual a antiguidade vira unicamente a função própria do escravo.
Lucas limita-se a dizer que ... “crescia e se fortalecia cheio de sabedoria e a graça de Deus estava sobre Ele” (Luc, 2,40). Narra-se certa vez, na Páscoa, quando contava 12 anos, seus pais o perderam, reencontrando-o só após três dias (...assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos que o ouviam admiravam a Sua inteligência e respostas” (Luc, 2,46 e 47).
Com 8 dias de vida, Jesus foi circuncidado (Luc 2:21).
Aos 12 anos participou da peregrinação anual, por ocasião da Páscoa (Luc 2:42).
Jesus foi crucificado na véspera de sábado, no dia da semana que chamamos sexta-feira e que os evangelistas, seguindo o uso dos hebreus de língua grega, chamam Parasceve (Paraskeué).

7- Identidade de Jesus:
Nome: JESUS (em hebraico: Jeshú, abreviação de Jehoshua).
Sobrenome: Filho de José (Filho do Carpinteiro).
Nome da Mãe: Maria (em aramaico: Miriam).
Avós: Ana e Joaquim.
Local de nascimento: Belém
Data de Nascimento: “No tempo do Rei Herodes, o Grande” → antes de 4 a.C., ano da morte de
Herodes).
Local de residência: Nazaré
Estado Civil: Solteiro
Profissão: em Nazaré= Carpinteiro; nos últimos 3 anos de sua vida = Mestre Itinerante.
Estrutura e dados físicos: não se conhecem (exceto os que se poderiam deduzir a partir do
Sudário de Turim).

8- A Pregação:
Jesus contava 30 anos quando começou a pregar a “Boa Nova”.
Compreende a sua vida pública um pouco mais de três anos (27 a 30 anos da era cristã). Utilizo use na sua pregação, o apelo combinado à razão e ao sentimento, por meio das Parábolas ilustrativas das verdades morais.
A Pedagogia de Jesus:
Sábio Educador:
- Tinha uma forma toda especial para ensinar;
- Recorria às Parábolas e situações do cotidiano:
- Utilizava coisas simples e pessoas humildes.
Jesus encontrou na sua plateia de ouvinte há 2 mil anos atrás, um povo com uma cultura específica, com uma língua específica, que tinha uma tradição religiosa e para se fazer compreendido por essas pessoas, Jesus teve que adaptar o seu ensino ao cotidiano daquele povo.
No livro “O Consolador”, quando se perguntou à Emmanuel sobre as Parábolas, ele responde:
“As Parábolas de Jesus são como as sementes que desabrochariam um dia em árvores de misericórdia e sabedoria para toda a humanidade”.

As Duas Regiões de Sua Pregação:

1- Galileia (Nazaré) – nas cercanias do Lago de Genesaré e as cidades por ele banhadas, e principalmente Cafarnaum.

2- Jerusalém - que visitou durante quatro vezes durante o seu apostolado e sempre por ocasião das Páscoa.

Na Galileia, percorrendo os campos, as aldeias e as cidades, Jesus anunciava aos que seguem o Reino de Deus; é aí também, que recruta os seus 12 Apóstolos e os prepara para serem as suas testemunhas. Ao mesmo tempo, vai realizando milagres.
Em Jerusalém, continuamente perseguido pela hostilidade dos Fariseus (seita muito influente, que constituía a casta douta e ortodoxa do judaísmo), ataca a hipocrisia deles e esquiva-se às suas ciladas.
* Como prova de sua missão divina, apresenta-lhes a cura de um cego de nascença e a ressurreição de Lázaro.

9- Jesus e o Estado:
Desde o início Jesus, teve de enfrentar a ordem estabelecida, pois o Estado contrariava a sua mensagem do Sermão do Monte.
A execução de Jesus pelos romanos, sob o letreiro “Rei dos Judeus”, indicava que fora legalmente condenado à morte como rebelde contra o Estado romano, isto é, como se fora um zelota.
Certas afirmações suas (“Não Vim trazer a Paz, mas a Espada”), as críticas violentas à corte em
geral e a Herodes pessoalmente, a que chama “raposa”, pareciam colocar Jesus na linha do radicalismo político.
* “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” significa → a recusa de dar a César o que é de Deus. Jesus parece defender não a separação das esferas de poder, mas a submissão de todos os poderes à vontade de Deus, a que também César deveria submeter-se.

10- Preparando a Partida:
- “Estou ainda convosco por um pouco de tempo. E em seguida vou para aquele que me enviou”
(João, 8,33).
- “Não se turbe o vosso coração, credes em Des, credes em mim também” (João 14,1).

11- Durante a Crucificação:
- Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23, 34).

12- Missão de Jesus:
- Moisés trouxe a 1ª Revelação → A primeira Revelação dá relevância ao “Olho por olho e dente por dente”.
- Jesus trouxe a 2ª Revelação → Fala do Amor incondicionado, estendendo-o até ao Amor ao Inimigo.
“Jesus não veio destruir a Lei” → a Lei de Deus; ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso, se encontra nessa Lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constituem a base da Doutrina Espírita.

Quanto às Leis de Moisés → Jesus as modificou profundamente, seja no fundo, seja na forma → combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não poderia fazê-las sofrer uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
E dizendo: “Está aí toda a lei os profetas”.
Jesus veio trazer uma mensagem embasa na igualdade, na fraternidade, na justiça, no perdão e no amor...

Veio ensinar:
- Que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai e tendo a mesma destinação: a felicidade.
- Que Deus é Amor. Deus não pune seus filhos: corrige-os, perdoando sempre.
- Que Deus é um Pai que não deve ser temido, mas amado.

Fato mais importante:
Jesus resumiu os “Dez mandamentos” em dois:
1- Amar a Deus sobre todas as coisas.
2- Amar ao próximo como a si mesmo.
Jesus → a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino do Céu.
Veio ensinar-lhes o caminho que a ela conduz.

Incontestavelmente Jesus afirma:
“A Lei da Reencarnação, a volta do Espírito imortal as paragens carnais para o processo contínuo de aperfeiçoamento → é a maior prova da misericórdia de Deus para com a sua Criatura”.

Jesus → Modelo e Guia para toda a Humanidade. E a Doutrina Espírita que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

Jesus →é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade Terrena.
Ele foi o ser mais puro que já apareceu na Terra.

A moral do Cristo contida no Evangelho →é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.
(João 8,12).
Veio nos mostrar que para conseguir a elevação e a felicidade é preciso apenas a vivência e a prática de virtudes modestas e ocultas: a HUMILDADE, a BONDADE, a CARIDADE e o AMOR.
No AMOR resumiu toda a sua religião e sua filosofia.

13 -Testemunhos a respeito de quando Jesus Nasceu:
- Francisco de Assis: “Ele nasceu no dia em que, na Praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor”.
- Pedro: “Jesus nasceu na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante que acordou minha consciência para a verdadeira vida”.
- Paulo de Tarso: “Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: Saulo, Saulo por que me persegue? E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse: - Senhor, o que queres que eu faça? ”
- Maria de Nazaré: “Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando o segurei em meus braços pela primeira vez e senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviava ao mundo, para ensinar aos homens a Lei Maior do Amor”.
E para nós, quando Jesus nasceu?
E se descobrirmos que Ele não nasceu no nosso coração?
* Então, procuremos urgentemente fazer com que Ele nasça logo, porque quando isso acontecer teremos finalmente e verdadeiramente encontrado a luz.

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