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AULA 29 ESCALA ESPÍRITA

Bons Estudos

Expositor Arnaldo

Material Complementar

Conteúdo da Aula

INTRODUÇÃO
• Que definição se pode dar dos Espíritos?― Pode se dizer que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoando o universo fora do mundo material. (1)

• A classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem (...)

(...) Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os Bons Espíritos.

A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição. Esta divisão nos pareceu perfeitamente racional e com caracteres bem positivados. Só nos restava pôr em relevo, mediante subdivisões em número suficiente, os principais matizes do conjunto. Foi o que fizemos, com o concurso dos Espíritos, cujas benévolas instruções jamais nos faltaram. (2)

TERCEIRA ORDEM – ESPÍRITOS IMPERFEITOS.

Caracteres Gerais: Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes. Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. Nem todos são essencialmente maus.

Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Na linguagem de que usam se lhes revela o caráter.

Todo Espírito que, em suas comunicações, traz um mau pensamento, pode ser classificado na terceira ordem. Conseguintemente, todo mau pensamento que nos é sugerido vem de um Espírito desta ordem.

CINCO GRUPOS PRINCIPAIS:

Décima classe. ESPÍRITOS IMPUROS. - São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o conseguirem retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam.

Nas manifestações dão-se a conhecer pela linguagem. A trivialidade e a grosseria das expressões, nos Espíritos, como nos homens, é sempre indício de inferioridade moral, senão também intelectual. Suas comunicações exprimem a baixeza de seus pendores e, se tentam iludir, falando com sensatez, não conseguem sustentar por muito tempo o papel e acabam sempre por se traírem.

Alguns povos os arvoraram em divindades maléficas; outros os designam pelos nomes de demônios, maus gênios, Espíritos do mal. Quando encarnados, os seres vivos que eles constituem se mostram propensos a todos os vícios geradores das paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, a felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza sórdida. Fazem o mal por prazer, as mais das vezes sem motivo, e, por ódio ao bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas honestas. São flagelos para a Humanidade, pouco importando a categoria social a que pertençam, e o verniz da civilização não os forra ao opróbrio e à ignomínia.

Nona classe. ESPÍRITOS LEVIANOS. — São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas.
A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes.

Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os empregam, como fazemos com os nossos servidores. Em suas comunicações com os homens, a linguagem de que se servem é, amiúde, espirituosa e faceta, mas quase sempre sem profundeza de ideias. Aproveitam-se das esquisitices, dos ridículos humanos, e os apreciam mordazes e satíricos. Se tomarem nomes supostos, é mais por malícia do que por maldade.

Oitava classe. ESPÍRITOS PSEUDO-SÁBIOS. - Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, creem saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes. Mas, em geral, isso não passa de reflexo dos preconceitos e ideias sistemáticas que nutriam na vida terrena. É uma mistura de algumas verdades com os erros mais polpudos, através dos quais penetram a presunção, o orgulho, o ciúme e a obstinação, de que ainda não puderam despir-se.

Sétima classe. ESPÍRITOS NEUTROS. - Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.

Sexta classe. ESPÍRITOS BATEDORES E PERTURBADORES. Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais. Podem caber em todas as classes da terceira ordem. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.

Afiguram-se, mais do que outros, presos à matéria. Parecem ser os agentes principais das vicissitudes dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, quer nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não derivam de uma causa fortuita ou física, quando denotam caráter intencional e inteligente. Todos os Espíritos podem produzir tais fenômenos, mas os de ordem elevada os deixam de ordinário, como atribuições dos subalternos, mais aptos para as coisas materiais do que para as coisas da inteligência; quando julgam úteis as manifestações desse gênero, lançam mão destes últimos como seus auxiliares. (3)

SEGUNDA ORDEM – BONS ESPÍRITOS.
Caracteres Gerais: Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais.

QUATRO GRUPOS PRINCIPAIS:

Quinta classe. ESPÍRITOS BENÉVOLOS. - A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual.

Quarta classe. ESPÍRITOS SÁBIOS. - Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.

Terceira classe. ESPÍRITOS DE SABEDORIA. - As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas.

Segunda classe. ESPÍRITOS SUPERIORES. -Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. Comunicam-se complacentemente com os que procuram de boa-fé a verdade e cuja alma já está bastante desprendida das ligações terrenas para compreendê-la.

Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem. Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo. (4)

PRIMEIRA ORDEM – ESPÍRITOS PERFEITOS.

Caracteres Gerais: Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.

Primeira classe. CLASSE ÚNICA. - Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material.

Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões.

Assistir os homens nas suas aflições concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles uma grata ocupação. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins. Podem os homens pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens. (5)

PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS.

Para falarmos sobre a progressão dos espíritos, basta lembrar que na questão 115 do Livro dos espíritos, Allan Kardec preocupou-se com esse assunto e questiona os benfeitores espirituais, de que forma foram criado os espíritos, se haveriam sido criados por DEUS, uns espíritos bons e outros maus? Obtendo como resposta o seguinte: >– Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento e com aptidão tanto para fazer o bem quanto o mal. A cada um deu determinada missão, como fim de esclarecê-los e de fazê-los chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram apura e eterna felicidade.

Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade. Em relação a essa progressão espiritual que deve ser constante e fruto do resultado do esforço pessoal de cada um na busca de seu aprimoramento moral;

O Espírito EMMANUEL, mentor espiritual de Francisco Candido Xavier diz que: ―A semente mesmo na Terra escura rompe todos os obstáculos e se orienta para cima na direção da luz solar. Todavia se ela reter-se sob a terra contrariando a Lei Divina, nunca será utilizada sua colaboração preciosos. (6)

Instruindo-nos sobre a progressão dos espíritos. Allan Kardec questiona, se os espíritos que estão elencados na terceira ordem da escala espírita como espíritos imperfeitos, se estão fadados a ficarem eternamente nas ordens inferiores?

E obtém como resposta o seguinte: ―Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já doutra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos? (7)

Emmanuel completa este ensinamento dizendo: ―existem numerosos lugares de provações na esfera para vós invisível, destinados à regeneração e preparo de entidades perversas ou renitentes no crime, a fim de conhecerem as primeiras manifestações do remorso e do arrependimento, etapas iniciais da obra de redenção. (8)

QUER SABER MAIS?
Assista: PALESTRA HAROLDO DUTRA (9) Seminário A Caminho da Luz (USA)-Escala Espiritual: https://youtu.be/gUZhxkDdyFM
Assista: PALESTRA COSME MASSI-CLUBEKARDEC (10) Analise dos itens de 96 a 113: Diferentes ordens dos Espíritos e a escala Espírita: http://www.clubekardec.com.br/video/compreender-kardecvolume-08/
Analise dos itens de 114 a 127: Progressão dos Espíritos. http://www.clubekardec.com.br/video/compreender-kardec-volume-09/
Assista: PALESTRA (11) - Classificação dos Espíritos e dos Mundos: https://www.youtube.com/watch?v=1yJY8juuVgQ

REFERÊNCIAS
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2004 - Questão76 (1) - Questão 100(2) - Questões -101, 102, 103, 104,105 e 106(3)-- Questões - 107, 108, 109,110 e 111(4) -Questões -112 e113(5) -Questão - 116(7).
XAVIER, Francisco Candido.–Vinha de Luz – ditado pelo espírito EMMANUEL. Rio de Janeiro: FEB, 1940- (6).
XAVIER, Francisco Candido. - O Consolador – ditado pelo espírito EMMANUEL. Rio de Janeiro: FEB, 1940- (8).
Haroldo Dutra Dias(9)- É juiz de direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, escritor, tradutor, professor e conferencista espírita brasileiro.
Cosme Massi(10) – Escritor, palestrante e estudioso da ciência e filosofia espíritas baseadas em Allan Kardec.
Terezinha de Oliveira (11) - É escritora, palestrante espírita, e estudiosa da ciência e filosofia espíritas baseadas nas obras de Allan Kardec.

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