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AULA 18 - MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

Bons Estudos

Expositor Arnaldo

Material Complementar

Conteúdo da Aula

Na seguinte passagem do Evangelho:
"Tornou, pois, a entrar Pilatos no palácio e chamou Jesus e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?
Respondeu-lhe Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, certo os meus ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu reino não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes que eu sou rei. Eu não nasci, nem vim a este mundo senão para dar o testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz". João, cap. XVIII 33:37.

A VIDA FUTURA
Um dos principais pontos dos ensinamentos de Jesus é com relação à vida futura. É somente com esta ideia que a maioria de seus ensinamentos morais fazem sentido, que a justiça de Deus se ajusta às aparentes “injustiças” da vida terrena.

A vida futura deveria ser uma das principais preocupações do homem na Terra. Seus ensinamentos preparam o homem para a vida no reino de Deus, e para isso ele deve desenvolver seu potencial intelectual e moral, adquirindo as qualidades necessárias. A base de tudo sendo o amor a Deus e ao próximo.

Os judeus da época de Jesus, não compreendiam bem esta ideia, para eles, ao cumprir as leis de Deus seriam recompensados pelos bens na terra. As derrotas e calamidades eram um castigo de Deus para aqueles que não cumprissem suas leis. Jesus revelou a existência de outro mundo onde a justiça de Deus segue seu curso, onde aqueles que agiram de acordo recebem sua recompensa. Por isso, Jesus teve que adequar seus ensinamentos à capacidade de compreensão deles, não colocou de uma forma clara. Para muitos então, isto é apenas uma possibilidade, não uma certeza absoluta, daí as dúvidas e até a incredulidade.

Quando Jesus diz; “Eu não nasci, nem vim a este mundo senão para dar o testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz", ele se mostra como o enviado de Deus, o messias aguardado. Mas tinha certeza de sua missão, daquilo que deveria cumprir.

O Espiritismo veio no momento em que os homens estavam prontos para compreender este ensinamento em toda sua extensão, a vida futura deixa de ser uma questão de fé e passa a ser uma certeza.

É uma realidade demonstrada pelos fatos, à vida futura após a morte do corpo físico é relatada em todos os detalhes por indivíduos que agora habitam a vida futura, que comumente chamamos de “plano espiritual”, eles relatam se são mais ou menos infelizes, demonstrando a verdadeira justiça de Deus. Tudo passa a ser muito racional.

Jesus, ao dizer “meu reino não é deste mundo”, de forma velada nos mostra que ele não é de caráter material, não está limitado a um lugar físico, podemos considerá-lo como sendo o reino da vida futura, bem como o reino de paz que podemos instaurar dentro de nós mesmos ao respeitar as leis de Deus e viver de acordo com os ensinamentos de seu evangelho.

Para que o reino de Deus se instale em nossa intimidade, devemos viver de acordo com os valores que demonstrem isso. Se nossas ações são baseadas no orgulho e egoísmo, na ambição, no valora da posse de coisas materiais, nós estamos distantes deste reino, mas, se são baseadas na caridade e na humildade, o reino de Deus estará se estabelecendo em nossa intimidade. E isto é uma conquista do Espírito, que seguirá com ele sempre, durante esta vida e após seu desencarne.

Tudo isto tem um impacto muito grande na forma com que encaramos a vida terrena. A certeza da vida futura, os reveses e dificuldades da vida terrena são passageiros e que serão seguidos por um estado mais feliz. A morte deixa de ser assustadora, a partida para o nada e sim a entrada numa morada de felicidade e de paz, se o indivíduo viveu de acordo com a lei de Deus.

Como instintivamente o homem procura seu bem-estar, portanto sempre procurará melhorar onde está, mesmo que saiba que seja por pouco tempo, é o instinto de conservação e do progresso, que estão nas leis naturais, que serão estudadas em detalhe num capítulo à frente. Deus não condena os gozos terrenos, mas sim seu abuso.

O Espiritismo abre novos horizontes para o homem, alarga horizontes, mostra a grandiosidade da obra do criador, em que esta vida é apenas mais uma, que todas as existências se unem, a responsabilidade de todos perante a fraternidade universal. Os homens do tempo de Jesus não tinham condições de entender, por isso foi deixado para mais tarde.

BIBLIOGRAFIA
Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, cap.II.

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